Plano de Previdência do Banespa aumenta mais de 300%
Os participantes do Fundo Banespa de Seguridade Social (Banesprev) estão protestando na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal contra o aumento de mais de 300% nas contribuições, em valores cobrados como extras para cobertura de déficit do fundo.
De acordo com o presidente da Associação dos Funcionários do Grupo Santander Banespa, Camilo Fernandes dos Santos, pessoas que contribuíam com R$ 132 estão pagando mais de R$ 500 e quem pagava na faixa de R$ 30 passou a pagar mais de R$ 250.
O aumento foi provocado pela recusa do Santander em pagar o “serviço passado”, que permitiria a quitação dos prejuízos do Plano 2, quando passou a receber beneficiários do Plano 1. Neste plano, o banco era responsável por tudo, não havia contribuição dos empregados. Com o Plano 2 há participação das duas partes.
Muitos bancários se aposentaram pelo Plano 2 com pouco tempo de contribuição e, quem migrou de plano, levou apenas o passivo. Neste caso, o Plano 2 não possuía qualquer reserva e, segundo a associação, isso deve ser responsabilidade do banco.
O Banesprev informou que o déficit atual do fundo é de R$ 1,7 bilhões, um valor difícil de ser pago, segundo o conselheiro deliberativo do fundo, Walter Antonio Alves de Oliveira. No entanto, para o secretário de Comunicação da CUT, Ademir Wiederkehr, o que houve foi falha na privatização do Banespa, que foi muito generoso com o Santander e negligente com o bancário.
Para Wiederkehr, “o Santander é um banco muito lucrativo. Ano passado, lucrou mais de R$ 6 bilhões e, este ano, possivelmente vai lucrar mais. O banco tem dinheiro e, aliás, manda boa parte dele para a Espanha. Como uma instituição com um lucro desses mantém funcionários e aposentados arcando com contribuições insuportáveis?”
Negociação entre funcionários e o Banesprev
O valor total da folha dos benefícios é de R$ 38 milhões por mês e, em média, os beneficiários têm 60 anos de idade, recebendo R$ 4.200 mensais. O Santander, segundo Alessandro Tomao, que atua no Jurídico do banco, vem honrando seus compromissos, depositando sua parte em contribuições extraordinárias, nunca tendo feito oposição às definições dos participantes do fundo.
O Jurídico do banco informa que o plano está com problemas não em razão do serviço passado, que, por sinal, não estava previsto no edital de privatização do Banespa ou na constituição do Plano 2, implantado após a compra pelo Santander. Os fatores que prejudicaram o fundo foram o aumento da expectativa de vida, baixa rentabilidade dos ativos, aumento das aposentadorias e a reforma da previdência no final da década de 1990, de acordo com o banco.
O presidente da CDH, senador Paulo Paim, está propondo que o banco e os reclamantes realizem uma nova rodada de negociação para tratar do pagamento do serviço passado, sob intermediação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar, a Previc.
A negociação prevê também o pagamento do abono de R$ 3.500, acertado depois da última greve dos bancários, em outubro passado, valor que, segundo bancários do Santander, o banco está se recusando a pagar.
Fonte: Agência Senado
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